Pedro Esteves
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Canções » Letras

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CD - Pedro Esteves | Lúdico (2017 Edição de autor)

1. Lúdico (Música e Letra:Pedro Esteves)

Mãos e pés na porta
Balanço ao vento
O vento embrulha tantos cabelos
A paisagem tudo a passar
Tudo a passar
 
Abre-se o caminho
Ouço a fanfarra
Uma fanfarra surge à cabeça
Como quem vai pra anunciar
Pra anunciar
 
Era a brincar
Vou só à janela
Da caixa amarela
Já saio a voar
 
Voo, sinto o fogo
Entro e atravesso
O que atravesso eu pinto na tela
O que eu não vi só posso inventar
Posso inventar
 
Espreito à clarabóia
Vejo a assembleia
Uma assembleia plena de ideias
Seriedade e tensão no ar
Tensão no ar
 
Era a brincar
Que ideias tontas
Vou pagar as contas
Já sigo a dançar
 
Danço na linha
De ferro cansado
Mesmo à beirinha
De tombar pra o lado
Lado do imaginário
Pra o lado do lado
De lá do real
 
Agarro a linha
De ferro abrasado
Mesmo à beirinha
Corpo equilibrado
Margens abertas
Tão certas, tão falsas, tão lindas
Agora eu vou

Desço pla calçada
Sigo a direito
Que a direito eu vou ter à praça
A passarada toda a cantar
Toda a cantar
 
Só que aquilo que era
Canto era choro
Um choro que desfaz a pintura
Eu nesse quadro não quero entrar
Não quero entrar
 
Era a brincar
Não há pintura
A vida é que é dura
Já sigo a marchar
 
Marcho em direcção
À porta de artista
Artista que vai subir ao palco
A luz na fresta passa a brilhar
Passa a brilhar
 
Espalha-se nas veias
Toda a ansiedade
Uma ansiedade que me convoca
Abre-se a porta pra eu entrar
Pra eu entrar
 
Era a brincar
Olha a surpresa
Estou sentado à mesa
E já vou trabalhar
 
Vou trabalhar
Mas tenho o meu amor que me ama
Plo menos ela diz que me ama
 
Mas tenho o meu amor que me ama
Plo menos ela diz que me ama

2. Quando sorris (Música e Letra:Pedro Esteves)

Quando sorris teu rosto é claro
Desperta o meu melhor sorriso
E exalta a luz num tom que é raro
Então, já diz sem ser preciso
Dizer que é puro
E diz
Quando é sincero
É bom
É cara a cara
Nus
De olhos nos olhos
O brilho e lágrima
São água e sal de estar feliz

3. Airoso (Música e Letra:Pedro Esteves)

Muito te custa encarares-me assim
Solto e feliz quando passas por mim
Dizes que me amas
Pois é
Pedes para que eu volte
Ah, pois é
Era a nossa vida
Pois era, pois era
 
Era, era
Era a vida em plena primavera
Quando as flores brotam sem fim
Mas depois o teu génio ruim
Chegou com o perfume no desabrochar
Cravaste-me as garras no peito
O respeito por mim definhou
Esse amor que reclamas pra ti eu não dou
Que o palhaço do amor já morreu
Acabou

4. Menina-mulher (Música e Letra:Pedro Esteves)

Trancou a porta
Fechou a janela
E disse: “Morri para o mundo”
Fez-se moribundo
O coração daquela
Cujo amor à vela
Passou pela tela
Não ficou e partiu
 
Venha o calor
E o parque suado
Não será o apelo
Que fará o degelo
Do coração quebrado
Rosto encafuado
Ainda adocicado
Que agora amargou
 
Pura candura
De ser ainda menina mulher
Ninguém lhe contou
Que no amor pode, então
Ver o sim e ser o não
Era agora que vinha a saber

Uns dias antes
Nem desconfiava
Quando o amor devido
E mais que merecido
Nela se entrançava
Ela acreditava
Enquanto voava
Mas depois caiu
 
E foi assim
Repentinamente
O que andava perto
O seu sorriso aberto
Hoje estava ausente
Ainda que presente
Na ferida recente
Que fundo a marcou
 
Pura candura
De ser ainda menina mulher
Ninguém lhe contou
Que no amor pode, então
Ver o sim e ser o não
Era agora que vinha a saber

Esquece a vontade
Evita desejos
Mesmo que a rodeiem
Nela serpenteiem
Não se entrega a beijos
Suaves adejos
Música e arpejos
Finge que não ouviu
 
O tempo vai
O peito embrutece
Volta o tempo vem
Traz consigo alguém
O corpo estremece
Porque lhe parece
Que algo acontece
E pode ser um novo amor
 
Pura bravura
De ser assim uma menina mulher
O tempo contou
Que no amor pode, então
Ver o sim e ser o não
E lá vai ela, mergulha a saber

5. Pé de catraio (Música: Filipe Esteves e Letra:Pedro Esteves)

E lá vou de olhos abertos
Tão certos de que hoje é que é
Não treme o meu pé
Já sei o que vou dizer
O que vou dizer eu já sei
 
Olhos de amêndoa em Agosto
Caídos num rosto é que é
Ela é que é
Mas meu rosto não é de mel
De mel é que não é
 
Sinto as suas pernas que engonçam
Balouçam a anca a meus pés
Encosta e sacode o seu corpo
Então, já ouço o “plim” do coração
Já sinto um “plão” no peito sim
Será que é agora para dizer
Deixar por dizer não
 
Ah, mas a boca entreaberta
É na certa a palavra a sair
A gosto a sair
Mas não diz o que eu quero ouvir
O que eu quero ouvir dizer não
 
Se eu estou calado
E calada ela fica
Ninguém vai falar
Apenas dançar
Uma dança no fim do Verão
Fica a dança de fim de Verão

6. Claras manhãs (Música e Letra:Pedro Esteves)

Quero
Não tem que ter sentido
Quero
Somente por querer
Tudo
Até um descabido desejo
Pode atentar qualquer um
 
Festa que é festa é com piruetas
Por entre aplausos entram os porcos
Deixa andar
Em chegando a conta, espantam-se as caras, inventam tretas
Pra vir na conta de quem viu a conta de outros engordar
 
Quero
Ter mão no meu destino
Esperneio e faço o pino
Para o mundo acompanhar
 
Quero
Com tanto que ele avança
Justiça na balança
Para melhor respirar
 
Quero
Não sei se é sonho
Eu quero outras manhãs, mais claras
Eu quero acordar

Quero
Não tem que ter sentido
Quero
Somente por querer
Tudo
Até um descabido desejo
Pode atentar qualquer um

Dito e redito é assim a vida
Os porcos voam, passam impunes
Deixa andar
Mas se o mundo aperta, nos desconsola e delapida
Naturalmente que há quem queira vê-lo de pernas para o ar
 
Quero
Ter mão no meu destino
Esperneio e faço o pino
Para o mundo acompanhar
 
Quero
Com tanto que ele avança
Justiça na balança
Para melhor respirar
 
Quero
Não sei se é sonho
Eu quero outras manhãs, mais claras
Eu quero acordar

7. Horizonte (Música e Letra:Pedro Esteves)

Estou longe, ardente
Pra lá do que há pra ver
Distante, ausente
Eu ando pra morrer
Mas morrer, morrer ainda não vou
 
Eu sigo calado
Enfrento o meu porvir
Não durmo, cansado
Descanso quando eu vir
Eu vir o dia amanhecer
 
Caminho pra frente
Mesmo que venha atrás
Não paro, valente
Ainda não espero a paz
A paz, talvez quando eu me fôr
 
Sem tempo marcado
E às vezes sem lugar
O norte roubado
Mas sempre a procurar
Procurar o que me faz viver
 
Pra desfazer meus nós
Preciso anoitecer
De me encontrar a sós
E então reconhecer
Que a vida faz-se assim
Com fé eu vou por mim
 
Se ainda for com fé
Eu sigo até cair
Não é contra a maré
é simplesmente eu ir
Até que a vida em mim
Me leve até ao fim
Fim

8. P'los teus olhos (Música:Filipe Esteves e Letra:Pedro Esteves)

P’los teus olhos vejo mais além
Já sei por onde a vida vem
Já sei por onde a mina jorra o sonho
E mesmo, ainda
Que os teus olhos neguem
Sei também
Quem fica à fome e morre aquém
Na espuma, na orla
Quem fica a arder no anseio
No mar dos prantos p'los desejos loucos
P’la guerra os gritos tão roucos, tão aflitos
Forjada a vida na luta amor
Forjada a vida em teu olhar

9. Pétalas (Música e Letra:Pedro Esteves)

O mote desta canção:

             Solteirice
Espeta-te com o garfo
Corta-te com a faca
Deita-te no prato
Espera
                                              de Alexandre O'Neill in
A Capital, 7 Junho 1975


Bem-querida, mal-amada
Rasgo pétalas de mim
Mal-amada, bem-querida
Uma fica
Qual delas
Por fim
Uma fica
Qual delas
Por fim
 
Chego a casa
Ponho a mesa
Mais um prato
Fico acesa
Há visita
Com certeza
Levo à cara delicadeza
Ah!
 
Vou à cama
Vou risonha
Solto gritos
Sem vergonha
Volto à cama
Cara e fronha
Estou sozinha
Sou eu quem sonha
Nua
 
Bem-querida, mal-amada
Rasgo pétalas de mim

10. Maré de silêncio (Música:Filipe Esteves e Letra:Pedro Esteves)

Não
Hoje não
Eu não vou dizer nada
Mas vem
Vou deixar minha voz descansada, é melhor
Eu olho e busco no teu olhar
As palavras para te amar
Em silêncio
 
Não
Hoje não
Eu não vou procurar
Corrupio,
Confusão, falar alto, correr para apanhar
Se eu olho e encontro no teu respirar
No teu gesto, no teu andar
O desejo
 
Sim
Sinto em mim
O prazer de embarcar na maré
Pois é
E é tão bom embarcar ao sabor da maré
Por ser por ti deixo o mundo para trás
Na onda que se agigantou e dobrou
Nossos corpos num beijo
Calados


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CD - Afonso Pais & Rita Maria | Além das horas (2016)

1. Olhos azuis (Música:Afonso Pais e Letra:Pedro Esteves)

Ilha
Miragem
Ela sorriu
E eu fui pra descobrir
 
Ilha
Viagem
Um céu que abriu
Na hora de partir
 
Vou nas águas sobre o mar
O mar, eu sei
Não é de ninguém
Sou rei mas sem lugar,
Navego e vou encontrar
 
Olhos azuis em terra
Entre a paz e a guerra 
Ainda brilham pra mim
Fogo em mim
Onde um dia eu vi
No fundo do olhar
Todo um mar de esperança
 
Amada
Ela sorriu
Na hora de partir

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CD - Cristiana Águas | Cristiana Águas (2014)

7. Margem   (Música e Letra:Pedro Esteves)
Luz do sol
Banha Lisboa
Vou à janela
Ai como é tão bela
Sem que apeteça
Sair de manhã
Ponta a ponta
Em cada colina
Um traço que espalha e ilumina
Cidade és linda
E para onde vou com a minha vida?

Enchem rossios
Rios de gente
Tudo a crescer
A Carris passa e cruza
A vida é escrita a viver
Com coração, fráguas e cais
Espreita do claro dos seus umbrais
Como quem espera e me procura
De peito aberto e eu já cansado
Ouvindo um fado
Lá vou no Tejo
O tempo voa
Acordei para ti Lisboa

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CD - Pedro Esteves | Mais um dia (2011 Orfeu/Movieplay)

1. Canta canta (Quanta poesia)   (Música e Letra:Pedro Esteves)

Fundo
O horizonte é fundo
O mundo é fundo
É fecundo em vida
Todo o seu esplendor, amor

Perto
A água está perto
O deserto é perto
Aberto à jornada
A pele ao calor, amor

Vapor, amor
Quanta poesia
Tanta
Canta canta

Vasto
O oceano é vasto
O afecto é vasto
Um rasto de almas vivas
Ávidas de amor, amor

Curto
O tempo é curto
O gesto é curto
O furto de uma vida
Pode vir sem dor, amor

Vapor, amor
Quanta poesia
Tanta
Canta canta
Forte
O desejo é forte
O homem é forte
E tem o porte de arma
Peito de amador, amor

Frágil
O vidro é frágil
O certo é frágil
Ágil é a magia
A mão de criador, amor

Vapor, amor
Quanta poesia
Tanta
Canta canta

2. Mais um dia (Toca o Rádio)   (Música e Letra:Pedro Esteves)

Toca o rádio
Mais um dia
Uma correria
E ela rodopia
Logo de manhã
Pega a toalha
Atira a água
Limpa a sua cara
Que já anunciara
Outros dias
Dessa escravidão
Preso o coração
Pelos cantos
Nos recantos
Nos trilhos urbanos

Segue a linha
Marca o passo
Presa por laço
Tem o seu espaço
Longe do que quer
Espraia a vista
Atiça a alma
Que requer a calma
Que é preciso
De saber esperar
Volta para o seu lar
Cabeça à toa
Pelos cantos
Nos recantos
Solta um grito e voa

Que horas são?
Que ilusão
Não são horas de sonhar
Não são

Dança mais
Roda, faz rodar
Que amanhã é mais um dia

3. Pote Quebrado   (Música:Filipe Esteves e Letra:Pedro Esteves)

Era uma história, uma história para ouvir
De tanto ouvir era história para crer
Conta-se assim como a conto para ti
Nunca esperei sentir o que senti

Toda a cidade tem guardado em si
Dentro de si tem num pote a guardar
A dor conjunta, abafada oração
Dei com tal pote, arrepio, coração

Larguei
Caiu
Vi a cidade estraçalhada
Nos cacos de vidro
Vivo, a cintilar

Escutei
Ouvi
E escapava das entranhas
Dos cacos um grito
Vivo, a esvoaçar

Bem que me pus logo atrás a correr
Mesmo a correr fui ficando para trás
Quis agarrá-lo, na esquina esperei
Fui encontrá-lo na outra que errei

Sim, era urgente agarrá-lo outra vez
Uma outra vez era urgente abafar
O grito para o pote tapado a esconder
A dor ninguém quer, ninguém pede para ver

Andei
Corri
Fui batendo de ombro em ombro
Até ficar parado
Fardo na multidão

Cansei
Caí
E deixei borrar na face
Toda a minha pintura
Turva, escorreu pelo chão

Foi bom chorar, não escondi de ninguém
Perto de alguém soube tão bem chorar
Porém, haverá sempre um pote dos tais
Pois, caia
Que quebre
Eu não corro mais
Não fujo mais

4. Maravilha Amor    (Música e Letra:Pedro Esteves)

Calça os sapatos, vamos sair de casa
para passear
Mas que bonita estação
Por trás de uma construção
Por trás de um prédio que arranha o céu
Shopping à vista
Maravilha, amor
Estamos em Portugal
Não estamos assim tão mal
Temos a nossa construção

Não largues a minha mão
Não caibo em mim de emoção
Vai toda a gente para lá
Também eu quero ir
Lá fora é bom mas não tem
A luz da loja, a que vem
do cinema, do café
Tudo num só lugar
Hipermercado para ali
Musica aqui e acolá
Está tudo na perfeição

Agora passa-me essa bola, a redonda,
a de futebol
Pois não há outra senão
de futebol coração
Vamos passar por ali
Há tanto estádio ao pé
Maravilha, amor
Estamos em Portugal
Não estamos assim tão mal
Temos o nosso futebol

Olha para além, olha o mar
Mesmo o país a queimar
A urna, o voto a arder
Hoje é dia de sol
A praia chama quem vem
Nós queremos, vamos também
Há sempre alguém para acudir
Sempre alguém para apagar
Acho que nem é para aqui
Aquilo fica para lá
E vai ficar tudo bem

Vou prego a fundo, a ver se passo os duzentos
Na ponte é bom
Sai-me da frente, ó estupor
Que eu sigo a todo o vapor
Que eu quero chegar
Seja lá para onde eu for, eu sigo
A estrada é boa, amor
Estamos em Portugal
Não estamos assim tão mal
Temos a nossa viação

5. Vista Curta, Vista Estreita    (Música e Letra:Pedro Esteves)

Olha
Para onde vai esta avenida?
Por onde vai a minha vida?
Bandida
Corrida
Ela tem, pois, tantas vias
Para onde ela for

Olha
Aonde vai dar esta recta?
Por onde eu olho não há meta
Concreta
Discreta
E eu vou querer ver dos lados
Linhas curvas


Esta canção
Não diz que diz que tem razão
Afinal no que ela canta
Conta que um só olhar
Não vê os recantos que um lugar tem

Olha
Porquê olhar só para o cinzento?
Procuro antes para o momento
Um fermento
Um rebento
Que traga outras paisagens
Furta-cor

Olha
Para onde vamos esta noite?
Por onde quer que eu me afoite
É de noite
E de noite digo, então
Não quero ter a vista curta
Não quero ter a vista estreita
Não

6. Essa Canção Passa    (Música e Letra:Pedro Esteves)

Essa canção passa
Essa canção já passou
Só que não traz remédio
A canção nunca remediou

E se o meu olhar
Lá no fundo se ensombrar
Ponho a chama dentro do escuro
Achas pra arrancar
Um canto a iluminar essas dores
Com as delicias do canto
Recanto de compositor
Sim, mas

Essa canção passa
Essa canção já passou
Só que não traz remédio
A canção nunca remediou

Quando eu me encontrar
Estrada afora vou soltar
Entre notas o que era escuro
Subo pra cantar
Um canto a resgatar essas cores
Maravilhas do canto
Acalanto na voz do cantor
Sim, mas

Essa canção passa
Essa canção já passou
Só que não traz remédio
A canção nunca remediou

Esta canção passa

7. Está para durar   (Música e Letra:Pedro Esteves)

É mistério
O assunto é sério
Nunca andei por aqui
Nunca a vi
O teu beijo é cru
Dizes tu que só te tenho enganado
Amor, foi de manhã que fugiu o meu nariz
O meu nariz é safado, (1ª esse sim / 2ª aldrabão)
E tem pecado, eu bem sei
Esconde-se atrás do bigode
Se pode, pode e sacode para o chão a sua culpa

Agora presta atenção
A tua santa assunção
Está garantida
Mas não te esqueças não não
Que eu já fiquei de plantão
E tu partida
Partida em três corações
O meu e o teu nos colchões
E outro atrevido
Se o meu nariz já desceu
Ao (1ª quente / 2ª doce) inferno
Olha, o teu anda esquecido

Vai melhorar
Vai melhorar
O nosso amor, amor
Está para durar
Vai melhorar
Vai melhorar
Se o nosso amor, amor
Está para durar?
É mistério

8. Na Campanha    (Música e Letra:Pedro Esteves)

Ela de facto
Chega de fato
Faz o relato
Da situação

Ela revela
Faz a novela
Traz uma vela
Luz para a multidão

Ela promete
Diz e repete
Põe a cassete
A mesma canção

Ela contrata
Brilhos de prata
Línguas de faca
Para atiçar confusão

Quando ela sobe no palanque para cantar
Encanta
Quando ela desce do palanque para me amar
Não ama
Quando ela passa pela praça ao som da farsa
É para me enganar

Ela rodeia
Atiça e ateia
Inflama a ideia
Sobe a tensão

Ela enlouquece
Pulsa e aquece
E diz quem conhece
É febre, amor, é paixão

Ela embriaga
Cega e apaga
A luz gera vaga
De opinião

Ela retalha
Amores e baralha
Põe na batalha
Amantes de ocasião

Quando ela sobe no palanque para cantar
Encanta
Quando ela desce do palanque para me amar
Não ama
Quando ela passa, já se afasta
Eu digo basta e volto ao lar

9. Ao Fim da Noite (Eu e Tu)     (Música:Filipe Esteves e Letra:Pedro Esteves)

Eu olho
Quem passa
Repassa e tu vens com a queixa
Mas deixa que eu como
Que a vista come o que ela quer

Eu olho
Sou macho
Capacho é aquilo que eu piso
Juízo não ganho
Se eu tenho uma mulher para mim

Agora chora
Se eu sou teu implora
Chora
Que o meu corpo adora
Pede um beijo
O teu desejo e o meu desejo
É possuirmo-nos noite afora

Cora
Que o meu corpo aflora
Cora
Que esta é a minha hora
Pede para que eu não repare
E para que eu não dispare
Os meus olhares lá fora

Sinto
Que a sala
Resvala à tua passagem
E à margem, ali estou eu
E tu não estás para me enganar

Eu sinto
Que há lume
Ciúme e a minha presença
É nascença de fama

Pois, quem ama ao fim da noite é quem te ganha
Sou eu
Quem ama ao fim da noite é quem te apanha
Sou eu
Quem ama
Quem ganha
E arranha, arranha, arranha amor
Quem dorme ao pé de ti sou eu

10. Odeio-te    (Música e Letra:Pedro Esteves)

Tanto quanto eu te quero esquecer
Já quis aprender o que queres de mim
Já dei o melhor que posso dar
Já quis agradar, fiz meu papel
Fiz carrossel da minha cabeça também

Tanto quanto eu te quero deixar
Já quis amarrar o teu corpo ao meu
Já quis afagar o teu cansaço
Já dei o meu braço, o meu calor
O meu pavor, meu ar tranquilo e para quê?
Diz-me, diz-me para quê
Se ignoras não vês as coisas do meu coração

Tanto quanto o pranto que eu trago no peito
Eu odeio-te tanto, tanto
Tanto de tanto te amar
Eu adoro-te
Tanto quanto o pranto que eu guardo no peito
Eu odeio-te tanto, mas tanto
Tanto de tanto te amar

Tanto quanto eu quero decidir
Insisto em fingir que não doeu
Sou eu que mantenho o lar para o mundo
No fundo capaz até de esquecer
Até de esconder, fazer de palhaça também

Tanto quanto eu quero dizer não
Tu queres o perdão, eu não sei negar
Eu volto para o lar, eu sou a brasa
Na casa sou fada e sou do lar
Lá vai facada quando tiro nosso anel
Sim, lamber outro mel
Enquanto derrubo o nosso retrato para o chão

Tanto quanto o gozo que invade o meu peito
Eu odeio-te tanto, tanto
Tanto quanto eu soube amar

11. Nossa História Nosso Tempo   (Música e Letra:Pedro Esteves)

A nossa vida
Sim, foi demais
O nosso tempo
Sim, foi demais
A nossa história foi dos serviçais
As nossas vozes sempre e só corais
O meu passo enrolou-se no teu
Palmilhaste o teu chão que era o meu
Era o meu

O nosso riso
Sim, foi demais
O nosso choro
Sim, foi demais
O nosso sexo foi dos animais
As nossas brigas, combates brutais
O meu corpo afogou-se no teu
Respiraste o teu ar que era o meu
Era o meu

O nosso amor
Sim, foi demais
O nosso apego
Sim, foi demais
O nosso barco fez voltar ao cais
Os nossos rumos, planos dos casais
Rebelámo-nos, surgiu um motim
Naufragámos e agora por fim
Seja paz

12. Espanto-Encanto    (Música e Letra:Pedro Esteves)

Nada me espanta
Espantado eu estou
Se isso me espanta
Não será dor
Que há nos dias, nos cantos, nos sonhos quiçá
Seja lá no que for?

Tudo me encanta
Encantado eu estou
Se isso me espanta
Não será flor
Que se abre, enfeitiça e envenena no fim
Sendo assim, outra dor?

Espanto, encanto
Será dor?
Espanto, encanto
Será flor?

Canto e encanto
Espanta a dor
Espanto e encanto
Seja flor

Ah, se o mundo já não espanta
Ah, se o mundo já não encanta
O que será de nós?


13. Grão Coração   (Música e Letra:Pedro Esteves)

Meu coração germina
Germina a vida
Rompe o gérmen do grão
Para quem lá dentro no escuro espera em força o momento

Nesta estação
Primaverece a história
A minha ilusão
Floresce e pinta a minha fantasia no tempo

Ah, esse cheiro
Essa cor
Provoca-me os sentidos
E faz-me acreditar

Ah, esse sol
Essa luz
Que faz brotar um corpo
Até fruto virar

Ah, morder e saciar
Querer para sempre esse fruto
E o fruto a definhar
Em grão
Em tempo
Em dor

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